domingo, 28 de março de 2010

TEIA 2010

Este é o primeiro texto e espero postar mais dois pelo menos.




Fortaleza(CE) - Um encontro nacional da cultura. Ponto a ponto a TEIA vem costurando a cultura brasileira. O objetivo dos pontos de cultura é promover ou facilitar atividades culturais que vem sendo desenvolvidas por ONGs e OSCIPs (Organização Social Civil de Interesse Público) do Brasil. O recurso de R$ 60 mil/ano durante três anos vem auxiliar principalmente a compra de equipamentos para a manutenção ou ampliação das atividades.
O TEIA este ano aqui em Fortaleza reúne cerca de quatro mil pessoas de todo o Brasil. São delegados de Pontos, Pontinhos e Pontões, Mestres da Cultura Popular, Griôs e artistas de todos os segmentos. Negros, índios, brancos e mestiços de modo geral. Mineiros, gaúchos, curitibanos, cariocas, paulistas, baianos, cuiabanos, enfim um caldeirão fértil e diversificado.
Aqui estão sendo feitas apresentações artísticas, seminários, debates que devem traçar caminhos novos a partir das experiências compartilhadas. No encontro também será realizado o III Fórum Nacional dos Pontos de Cultura para o qual os delegados, 2500 de todo o Brasil, foram convocados.
Mato Grosso
A delegação do estado inclui 56 representantes, entre pontos e semelhantes, e ainda, o grupo de cururueiros que se apresentaram na sexta-feira e o Linha Dura que se apresenta no sábado. Os Pontos do Mato reúnem dois pontos do pólo Juína; quatro do pólo Alta Floresta; dois, Barra do Garças; Rondonópolis, quatro; Cuiabá, dezesseis; Cáceres,três; Tangará da Serra, cinco; Sorriso, um; Juara, um; Sinop, dois e ainda os Pontões Ação Cultural, Núcleo Baé e Viola de Cocho. Somam-se a estes os pontinhos: Poesia Necessária, Quintal Artístico, Praticutuca e os Pontos que estavam conveniados diretamente com o ministério da Cultura: Porto das Artes, Memória e Identidade Indígena, Cuca Araguaia do Mato Grosso, Rede Yawalapiti, Cultura Apowe e Índios em Rede.
Particularmente faço parte do Ponto de Cultura Espaço Vitória, no Jardim Vitória e firmamos o convênio com a secretaria de estado de Cultura em dezembro do ano passado. O ponto Espaço Vitória pretende atender à comunidade do bairro e adjacências como já vem fazendo o Espaço Vitória que vinculado ao Instituto Centro de Vida – ICV. As atividades são: arte reciclagem, design de produtos, audiovisual, fotografia, teatro, meta-reciclagem e robótica, sempre levando em consideração a perspectiva ambiental e eco-sustentável.

Economia da Cultura
Participei do seminário de debate intitulado Economia Viva, que mistura economia criativa, solidária e sustentabilidade. É incrível como ainda precisamos provar que cultura é representativa para o setor econômico. Já no avião víamos a força do encontro, calculo que 80% dos lugares ocupados no vôo eram de pessoas ligadas ao evento. Os hotéis lotados. O Sebrae ofereceu o almoço para quatro mil pessoas. Os ônibus passavam a cada meia hora. Quantos empregos foram gerados? Quantos impostos foram pagos? Quantos produtos artesanais ou não foram vendidos?



Entender os gargalos da atividade cultural passa necessariamente por uma política tributária mais justa e adequada à realidade do setor. Para que um ponto de cultura venda produtos ele deve ser uma empresa, para tanto ao se constituir juridicamente é taxada como uma empresa comum. Os editais liberam recursos e solapam a parte do leão e da previdência de imediato.







Quem quiser ver mais deste fotógrafo pode entrar no link do Flickr


domingo, 28 de fevereiro de 2010

Emolumento

O que é afinal um emolumento? Consultando o Houaiss vemos que a palavra vem do latim emolumentum,i 'quantia paga ao moleiro para moer o grão; ganho, emolumento; vantagem, proveito', de emolère 'moer bem, pulverizar', der. de molère, pelo fr. émolument (sXIII). Trocando em miúdos como a palavra e o próprio Houaiss sugere é aquilo que se ganha quando se executa bem um serviço. É como uma gratificação.
Pergunto eu, porque perguntar não ofende, o que será que a prefeitura municipal de Cuiabá fez para merecer tanto emolumento. Sim porque recentemente paguei o Imposto Sobre Serviços – ISS da minha empresa e fiquei absurdamente indignado com a tal gratificação. A ponto de me sentir um burro de carga para evitar a rima fácil e pejorativa.
Vejamos: paguei de ISS sobre o faturamento em janeiro, além daquilo que é retido na fonte, o equivalente a R$ 52,82. Deste valor nada menos que R$12,42 é emolumento.
Eu sei. A maioria de você pode estar se perguntando: Mas é só isso? Ele está reclamando por causa de R$ 12!? Antes que se indignem reflitam comigo. O valor do imposto era quarenta reais, doze é trinta por cento. Sim, trinta por cento. Eu tenho a conexão à internet, eu imprimi o boleto, gastei papel e tinta da minha impressora. Se alguém ‘moeu o grão’ foi eu e não a prefeitura. Aliás, que mal pergunte: o que será que eles fazem com estes emolumentos?
É claro que o governo estadual também não fica de fora. Se eu posso arrecadar, arregace as mangas e vamos lá. O Detran também cobra por moer. O recibo do IPVA, obtido da mesma forma que o ISS (com internet e impressora própria) custa R$ 3,20. No meu caso específico 1% do valor do imposto a ser pago. Também acho que mesmo pouco, não devia ser cobrado, porque a gratificação deveria ser minha que evitei formar fila, paguei em dia, imprimi o boleto em casa, etc. etc. etc.
Participando do Bom Dia Maria, como chamamos carinhosamente o café da manhã na casa da minha querida avó, meu primo, advogado, deixou-me ainda mais perplexo. – Você sabe quanto custa uma certidão negativa junto à Justiça Federal? – Não. – Mais ou menos R$ 0,40. Não me contive e perguntei: - E na prefeitura? – Por volta de R$ 48,00.
Enquanto permanecermos passivos continuaremos a carregar nas costas a usura da prefeitura, do estado e do governo federal. Ou você acha que a prefeitura é a única a açambarcar os nossos grãos?

Pensamento

Sim ele é linha dura, mas veja só o que ele disse ao diretor da inteligência que estava sob sua hierarquia: “I have a rule,” General (Colin) Powell told him. “As an intelligence officer, your responsibility is to tell me what you know; tell me what you don’t know; then you’re allowed to tell me what you think. But always keep those three things separate. ”

quinta-feira, 11 de fevereiro de 2010

quarta-feira, 3 de fevereiro de 2010

O Natal e as formigas







A foto é uma lembrança recente da Chapada dos Guimarães, um Louva Deus.


Eu sei que o artigo esta meio fora de época mas este blog é atemporal rsrsrsrs então pra quem não viu saiu no DCbá em 23/12/2009.


Desde criança sempre gostei das formigas. Um inseto relativamente simples, presente em todos os cantos do mundo praticamente (não se estão nos pólos) e que sempre chamou a minha atenção. Eu percebia as pequenas diferenças entre as espécies e para pesquisá-las achei um modo bastante prático: eu pingava cera quente nelas. Eu sei que parece um tanto quanto sádico, mas foi o modo encontrado por mim para pará-las.

Eu olhava bem de perto com uma lupa e via o corpo, antenas e tudo o mais. Quem dera tivesse uma dessas câmeras digitais de hoje em dia e teria um arsenal de fotos digno de um entomologista (estudioso de insetos). Não sei exatamente de onde vem a admiração. Mas com o passar dos anos posso elucubrar: a organização, o trabalho em equipe, a força incansável que carrega dezenas de vezes o seu peso, em especial as carregadeiras... Características que procuro sempre colocar na minha prática cotidiana.

Estes meses de novembro e dezembro me senti a própria formiga em véspera de tempestade. Não se você sabe, mas as formigas pressentem as tempestades e procuram trabalhar mais do que o normal. Portanto, se você observar uma carreira delas fora do seu horário de trabalho (risos) pode esperar que em um ou dois dias chove, e bastante.

Não sei se terei que enfrentar em breve uma tempestade, mas senti-me extremamente confortável produzindo muito mais do que a minha média do ano e mais do que em qualquer dezembro da minha vida.

Está aproximando o Natal. Um momento especial para qualquer cristão. Hora de rever o praticado. Hora de olhar o próximo e a si mesmo. Hora de zerar o cronômetro da humanidade e dar a nós mesmos o direito de sonhar e esperar por dias melhores.

Jesus se foi há muitos anos. Sua mensagem ainda ecoa no universo e em nossos corações. Mesmo aqueles que não são cristãos, ou que duvidam da Sua existência, afirmando que não se passa de um mito bem construído pela Igreja Católica para dominar as mentes fracas (qualquer um que não seja um intelectual ateu convicto), sentem lá no fundinho a alegria de ouvir e ver um coral infantil. Regozijam-se em auxiliar e ganhar um sorriso de pagamento.

Eu desejo que todos possam olhar para trás e sentir a alegria do caminho percorrido. E àqueles que, porventura, não possam fazer isso, que possam olhar para frente de cabeça erguida e encontrar forças para fazer melhor a cada dia. Feliz natal e um ano novo repleto de Luz, Paz e Amor. 





Gostei tanto do bichinho que aqui cabe mais uma fotinho: