Eu já falei no assunto e volto a insistir neste blog que sei tem uma ótima audiência, especialmente em se tratando de qualidade. Um dia fui contra, hoje eu quero dividir Mato Grosso em três.
Falo isso partindo de um princípio constitucional que estabelece um limite mínimo de oito deputados federais por estado da federação. A representatividade mato-grossense na Câmara Federal é inexpressiva. Oito deputados federais contra, e é exatamente este o verbo, contra 151 do Nordeste, ou 70 de São Paulo ou ainda 53 de Minas Gerais ou ainda os trinta do Paraná, nos deixa refém da migalha das verbas federais.
Uma frase latina que remonta os tempos do imperador Julio Cesar vem embasar esta minha teoria: Divide ET Impera. Dividir para imperar pode ser uma boa estratégia para o nosso estado que sofre de excesso de quilômetros quadrados e falta de habitantes. Vejamos: Nordeste tem 1,5 milhão de Km², MT tem 903 mil Km². Por outro lado MT tem apenas 3 milhões de habitantes enquanto o Nordeste tem quase 54 milhões de pessoas. Antes que alguém me diga eu sei que a Câmara Federal leva em consideração o número de habitantes por isso a disparidade é brutal, mas eu me pergunto quantas emendas são precisas para duplicar a BR-163 ou a 364? É claro que o número de senadores “iguala” este exército de servidores públicos de alto gabarito que direcionam a verba pública federal para atender as necessidades da população, mas também neste quesito a estratégia latina ou romana se preferirem nos concederia uma vantagem competitiva (para usarmos o jargão do economês que ficou tão bonito aqui, risos…).
Se dividíssemos o Mato Grosso em três teríamos 24 deputados federais e nove senadores. Alguém aí sabe jogar damas, ou mesmo conhece aquele joguinho de tabuleiro chamado WAR? Não é preciso muito cérebro para perceber que teríamos muito mais pessoas trabalhando em prol do estado de Mato Grosso, sim porque apesar das divisões a população nascida antes destas continuaria sendo mato-grossense.
Há quem diga que o custo para se criar um novo estado seria muito alto - sim, mas ele cabe à União. Há quem diga que a planície pantaneira, região da bicentenária cidade de Cuiabá seria extremamente prejudicada porque afinal de contas a dívida pública do velho Matão caberia exclusivamente a nosotros, e eu diria: não vai ser a primeira vez, quem sabe desta vez não conseguimos uma indulgência ou uma moratória de cinquenta anos?
Mas, há outras línguas, especialmente as viperinas que destilam venenos fatais: - seriam mais pessoas para roubarem o dinheiro público!!! E eu digo vamos equilibrar as quadrilhas porque pelo menos as nossas geram emprego aqui e fingem, como muitos empresários de nome, que pagam os seus impostos em dia e sustentam a nossa frágil realidade.
Originalmente publicado no site do Eduardo Gomes, grande Brigadeiro, se não conhece, recomendo: http://www.mtaqui.com.br. A também foi publicado no Diário de Cuiabá e no Midianews, onde a discussão foi ótima, se quiserem aprofundar é só dar um pula lá aqui está a ponte