sábado, 14 de novembro de 2009

Adeus partido




















É com muita tristeza que visitei o terreno que era da minha familia e que perdemos por causa da justiça do trabalho. Vagabundos continuarão reinando enquanto a justiça não honrar seu próprio nome. Uma página virada sem dúvida, mas uma saudade em especial sei que vai além de mim. Vai porque sua sombra acalentava centenas de pessoas todos os anos. Suas frutas eram a alegria de crianças, jovens e idosos que pareciam frutificar junto com o gigante. Falo do cajazeiro que estava no terreno. Conversando com os mais antigos da vizinhança estimei a sua idade em torno dos cem anos. Imagino quantas pessoas, famílias inteiras já se alimentaram do seu suco. Seu filho também caiu. Ele estava ao lado, ninguém o plantou nascera. Também já tinha tamanho e produção. Junto com eles cairam cajueiro, mangueira, abacateiro, goiabeira, mandioca... poxa vida, para que? construir um prédio? Não para escrever com o sangue verde a posse sobre um bem que antes tinha vida e hoje segue árido.

Procuro pelas fotos do antes para quem quiser ter uma ideia de como era gostoso este quintal e quem sabe sorrir comigo imaginando meu filho, hoje com três anos, subindo árvores imaginárias...











Não achei nenhuma aberta só esta sombra no caminhão. Quando achar eu subo para vocês saberem do que eu estou falando acima.

Um comentário:

  1. Que triste! Uma arvore tão antiga assim deveria estar sendo bem cuidada e não destruida. Um absurdo sem tamanho!

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